9 curiosidades sobre o dinheiro no Brasil

Conheça o histórico monetário do Brasil e curiosidades sobre o dinheiro
Por Equipe do Banco24Horas
15/07/2022
format_align_left 18 minutos de leitura

Já parou para pensar em como o dinheiro surgiu? Como se davam as transações financeiras no tempo dos seus antepassados? Por fazer parte do dia a dia, nem sempre paramos para questionar como acontecia, mas as curiosidades sobre o dinheiro são interessantes, e vale a pena saber mais a respeito. Confira!

Como o dinheiro surgiu?

Desde o início, o homem teve a necessidade de contar com uma moeda de troca para pagar e receber. As primeiras civilizações faziam isso com mercadorias, trocando-as entre si. As mais comuns eram especiarias, como o sal, e cabeças de gado. É importante ressaltar que o escambo, como era conhecido, se dava com o que excedia, isto é, quando o que era produzido excedia o necessário para quem o fazia.

Visto que os alimentos eram perecíveis, esse método de pagamento foi perdendo valor. Paralelo a essa constatação, surgiu o metal, com o cobre, o ouro e o bronze. Eles foram adaptados para substituir o primeiro, tornando-se moedas por volta do século VII a. C. As primeiras apareceram no território que, hoje, é a Turquia. Mesmo naquela época, as fraudes eram muito comuns. Por isso, o peso ou a cor do metal não eram suficientes para dar segurança às transações. Assim, nasceu a prática de cunhar o valor real na face.

Já existia o hábito de guardar ou poupar dinheiro — mas como os bancos ainda não existiam, quem fazia esse papel era o ourives. As pessoas levavam suas riquezas até o profissional, e ele lhes entregava um recibo como garantia. Com o passar dos séculos, a estratégia originou as instituições financeiras. Os “bancários” eram os negociantes de ouro e prata, que contavam com cofres e guardas para manter a segurança do que era armazenado.

Depois, esses materiais também foram substituídos por outros de menor valor, como latão que hoje estampa moedas como a de R$ 1. Os recibos que eram dados como garantia se mostraram mais fáceis e seguros de transportar — por essa razão, passaram a ser usados como uma forma de pagar pelas mercadorias, originando as cédulas que levamos na carteira. Nesse contexto, elas eram mais valiosas, pois eram lastreadas em ouro!

Uma nova tendência surgiu: a de transformar as moedas em papel. Batizadas de Bilhetes de banco, as instituições foram as primeiras a usa-las e escreviam seu valor à mão. Posteriormente, o Governo retirou essa responsabilidade dos bancos, tomando-a para si. Por isso, hoje, vemos que a função de criar e produzir moedas e cédulas pertence à Casa da Moeda, sediada no Rio de Janeiro.

Como funciona a Casa da moeda?

Há quem confunda as atribuições da Casa da Moeda com o Banco Central. Quando o tema é curiosidade sobre dinheiro ou mesmo como ele surgiu, é importante fazer essa distinção, esclarecendo o papel de cada uma dessas instituições. A primeira foi criada na década de 60. Antes dela, ainda circulavam moedas estrangeiras. A ideia por trás de sua invenção era justamente legitimar, ter uma moeda exclusivamente nacional.

Ela foi vinculada ao Ministério da Fazenda, ou seja, trata-se de uma empresa governamental. A CMB não serve apenas para produzir moedas e cédulas, mas também para imprimir selos fiscais, passaportes, medalhas e títulos de dívida pública.

Para se ter uma ideia sobre a capacidade de fabricação, a CMB abrange 3 fábricas no interior do Rio, e tem maquinário apto para produzir 3 bilhões de cédulas, 4 bilhões de moedas, 3 milhões de passaportes e 8 bilhões de selos fiscais por ano.

Estima-se que haja R$ 339 bilhões em circulação atualmente, de acordo com o Banco Central. Desses, 7,6 bilhões são cédulas e 28,6 bilhões são moedas. Falando em Banco Central, onde ele entra nesse processo?

O Banco Central ou Bacen é quem determina a quantidade de dinheiro que será produzida, assim como quanto deve ser posto ou retirado de circulação. Para isso, ele faz uma análise, identificando a média de moedas e cédulas que precisam ser substituídas no mercado, bem como a situação e a política econômica vigente.

Tem quem pense que, em cenários críticos, basta aumentar a produção e distribuição de dinheiro. Contudo, na prática, não funciona assim. Uma economia bem desenvolvida depende de investimentos contínuos, que geram um aumento de produção e, consequentemente, de riquezas. Assim, as pessoas têm mais dinheiro, injetam na economia e o fluxo segue seu curso.

Todavia se o dinheiro fosse aleatoriamente distribuído, como um meio de frear uma crise econômica, mesmo que as pessoas tivessem mais dinheiro, devido à falta de investimento e produção, o crescimento seria artificial, pois o país não teria gerado riqueza. Dessa forma, a moeda se desvalorizaria e a inflação seria altíssima.

Em termos de inflação, o ano de 2022 não tem sido fácil. Até abril, o boletim Focus, divulgado pelo Bacen com dados sobre os principais indicadores econômicos do Brasil, mudou 8 vezes, fechando com alta de 7,65% (IPCA). Para o brasileiro, isso é refletido no dia a dia de modo direito, principalmente no supermercado e no posto de gasolina.

Mas nem sempre foi assim. A moeda usada por aqui passou por diversas mudanças até chegar ao formato que conhecemos. Ao todo foram 9 vezes, desde a independência do país no século XIX. Veja mais curiosidades sobre o dinheiro no tópico a seguir!

curiosidades sobre o dinheiro ii

Quais foram as moedas que o Brasil já teve?

No Brasil Colônia, sequer se cogitava ter moedas e cédulas que servissem como pagamento. Na época o que acontecia era o escambo. Com o passar das décadas e a necessidade de aperfeiçoar as negociações, apareceram as versões estrangeiras até que surgisse a primeira nacional: o réis.

Réis

A primeira moeda brasileira esteve em circulação por 400 anos, do período colonial até 1942, quando o país já era uma república. Até sua criação, os principais itens usados no escambo eram: pau-brasil, açúcar e fumo. O nome réis vem de real (não a moeda atual, mas a moeda de Portugal), o padrão monetário português da época.

Apesar da iniciativa de criar uma versão própria, o sistema econômico brasileiro era uma bagunça. Aliás, a principal motivação por trás de tantas trocas era a inflação. Não havia estabilidade. Quando o réis foi incorporado ao cenário, a própria família real portuguesa gerou uma produção desenfreada, além de desorganizada, visto que não havia um padrão de produção ou um emissor específico.

O resultado disso foi centenas de notas diferentes em circulação. Para se ter uma ideia, algumas cédulas tinham lastro em ouro, outras não. O imperador Dom Pedro I exigiu que uma das moedas fosse refeita por achar que a vigente, onde estava estampado, fazia lembrar um ditador romano. Naquela época, o ouro daqui era matéria-prima, inclusive, do que era produzido para Portugal. Em museus portugueses, é possível encontrar algumas relíquias desse tempo, chegando a pesar mais de 50g.

Com a proclamação da república, em um cenário político e econômico completamente diferente, Getúlio Vargas apostou em uma reforma monetária, visando uma melhor organização do sistema financeiro nacional. Foi o nascimento do cruzeiro.

Cruzeiro

Até então existiam 56 tipos diferentes de cédulas circulando. O cruzeiro chegou para unifica-las. Uma unidade de cruzeiro equivalia a mil réis. Foi a primeira moeda produzida internamente. Os réis eram fabricados na Europa ou nos Estados Unidos. A intenção do então presidente era driblar a inflação, mas isso não aconteceu, e ela precisou ser substituída no fim da década de 60, quando o índice chegou a 25%.

Com a chegada do cruzeiro, vieram também os centavos, para facilitar as transações. Em 1967, nos primeiros anos da ditadura militar, o presidente Castello Branco resolveu mudar a moeda novamente, alterando o cruzeiro para o cruzeiro novo.

Cruzeiro novo

O cruzeiro novo foi a segunda moeda a passar menos tempo em circulação. Mais uma vez, a moeda anterior foi valorizada em 1000%, portanto, 1 cruzeiro novo valia 1000 cruzeiros (também conhecido como cruzeiro antigo). Nesse período, a economia brasileira passou por um ótimo momento, apresentando expressivo crescimento, apesar da concentração de renda.

Vale ressaltar que a utilização do cruzeiro novo era temporária, desde que foi estabelecida, ou seja, foi uma moeda de transição. O intuito era aguardar até que novas cédulas (de cruzeiro) ficassem prontas. Portanto, no início da década de 70, o cruzeiro retornou, mas valendo o mesmo que a versão nova.

Cruzeiro (década de 70)

Com o cruzeiro de volta, a inflação deu uma trégua que durou 16 anos. Por outro lado, durante esse tempo, a moeda foi se desvalorizando, o que gerou a criação de cédulas de alto valor. Até então, a maior que existia era a de 10 mil cruzeiros. Nos anos 80, após o fim da ditadura militar, já tinha nota de 100 mil cruzeiros em circulação. Novamente, a instabilidade causou a mudança no sistema, dessa vez, originando o cruzado.

Cruzado

Assim como o cruzeiro novo, o cruzado passou apenas 3 anos circulando. Além da instabilidade econômica, o Brasil sofreu bastante com as guinadas políticas da época, que ocasionou uma explosão na inflação, que passou de 200%. O Plano Cruzado, encabeçado pelo então presidente José Sarney, tinha como característica principal, além da troca monetária, o congelamento dos preços.

Naturalmente, o plano não funcionou, visto que o congelamento, apesar de conter inicialmente a inflação, não era sustentável a longo prazo, pois inviabiliza a produção de produtos e serviços, principalmente para empresários por trás desses negócios. Sendo assim, o governo precisou pensar em novas medidas para conter os avanços inflacionários e devolver o poder aquisitivo da população. Nascia o Plano cruzado 2 e o cruzado novo.

Cruzado novo

O cruzado novo circulou por apenas dois anos. O cruzado, seu antecessor, equivalia a 1000 cruzeiros. Já o cruzado novo equivalia a 1000 cruzados. Nesse segundo plano, Sarney e sua equipe mudaram a estratégia: o congelamento dos preços ficou parcial, com aumento da carga fiscal. Novamente, o controle da inflação não foi alcançado.

Cruzeiro

Com o início dos anos 90, a inflação seguia em alta, tirando o sono dos brasileiros. Com um novo presidente no poder, um novo plano entrou em ação, mas trazendo de volta o cruzeiro. Em seu retorno, ele era equivalente ao cruzado novo. Valeu durante três anos.

O Governo Collor foi marcante não só pela volta do cruzeiro, mas pelo famoso confisco das poupanças. O Plano Collor também visava conter a inflação e estabilizar a economia. Complementando a retomada da moeda, ele criou novos impostos, congelou salários e preços por 45 dias e aumentou tarifas de serviços públicos.

A falta de autonomia com o próprio dinheiro fez com que muita gente se desesperasse e até desenvolvesse transtornos como depressão. Foi uma época instável em todos os sentidos. Inicialmente, a inflação realmente recuou, mas voltou a subir, isto é, não funcionou a longo prazo, demandando novos ajustes.

Cruzeiro real

A última moeda antes do real apareceu em 1993, na gestão de Itamar Franco. Uma unidade equivalia a 1000 cruzeiros. Foi a que passou menos tempo circulando, tendo sido substituída em agosto de 1994, pelo Real, a moeda que vale atualmente, como parte do Plano Real, instaurado pelo então ministro da Fazenda (que viria a ser presidente em breve) Fernando Henrique Cardoso.

Real

Diferente de todas as outras, não houve corte de zeros nem carimbagem de cédulas. Imediatamente após a chegada do Real, o Banco Central determinou a substituição do cruzeiro real. O Real chegou valendo o equivalente a 2750 cruzeiros reais. Outro ponto de diferenciação foram as estampas. Enquanto as versões anteriores traziam o rosto de pessoas com destaque nacional (como poetas e governantes), o Real exibia animais da fauna brasileira, como a arara-vermelha e a garça-branca.

Desde então, pode-se afirmar que a inflação foi contida, apesar de os últimos anos terem estremecido isso (uma das razões para a criação da nota de R$ 200, em 2020). Para se ter uma noção da desvalorização do real, quando ele foi criado, ele era equivalente ao dólar americano, que atualmente custa mais de seis vezes o seu valor. Tanto que, na época que a nova cédula foi pensada, foi cogitada uma versão de R$ 500.

Vale admitir que a medida voltou a trazer confiança para a economia nacional, apesar de ter aumentado os juros de modo considerável. O Governo também ganhou mais credibilidade, tanto que posteriormente FHC foi eleito presidente do Brasil.

Curiosidades sobre o dinheiro

Deu para notar que existe muita história por trás do dinheiro, não é? Então, aproveite os próximos tópicos para ficar por dentro das principais curiosidades sobre esse assunto.

A nota de R$ 1 agora é valiosa

Já ouviu falar em numismática? O termo se refere ao hábito de colecionar moedas. As pessoas que fazem parte desse grupo têm como hobby procura-las e negocia-las, principalmente as versões consideradas antigas, como a primeira cédula de R$ 1. Realizando uma pesquisa rápida, você vai encontrar gente vendendo por quase R$ 300.

Por se tratar de um item de colecionador e ter tido sua produção interrompida pela Casa da Moeda há mais de 15 anos, ela tem bastante valor de mercado. Para os estudiosos da numismática, o valor financeiro de um item envolve aspectos como a quantidade que foi fabricada, o estado de conservação e a demanda atual.

Ainda existem mais de 100 milhões de cédulas de R$ 1 em circulação

Mesmo a Casa da Moeda tendo parado de produzi-la em 2005, estima-se que ainda haja mais de 100 milhões de cédulas de 1 real circulando por aí. O número caiu bastante, pois no mesmo ano, ele chegava a 583 milhões. Desde então, o valor vem caindo de forma gradativa.

Acredita-se que isso se deve ao fato de que muita gente as coleciona, crê que dá sorte ou simplesmente esquece. Vale lembrar que, quanto mais antiga é a nota, mais ela tem valor. A versão produzida em 1996, por exemplo, custa R$ 195.

Além do real, há outras moedas que circulam no Brasil

Tem mais de 100 moedas circulando no país. Contudo, elas valem apenas na região onde são trocadas, visando estimular a economia local. O Banco Central está ciente da prática e as aceita como moedas complementares, embora não possam ser negociadas como oficiais.

O Ceará é um dos estados campeões dessa lista. Só lá, as cidades de Irauçuba, Palhano, Ibaretama, Maracanaú e Paracuru têm as suas próprias moedas. São chamadas Cacto, Castanha, Ibaré, Maracanã e Pará, respectivamente. Outros estados que têm o hábito são: Rio Grande do Sul, Paraíba, Piauí e Bahia.

O garoto-propaganda do Plano real

A propaganda é a alma do negócio — e o Governo levava isso a sério. Prova disso é que quando o Plano Real entrou em vigor, ele tinha até garoto-propaganda: um frango. Na época da campanha, foi dado destaque ao fato de que dava para comprar um quilo dessa carne com apenas R$ 1. Assim, a ave se tornou um símbolo. A publicidade foi tão efetiva que a carne bovina perdeu espaço na mesa dos brasileiros nos primeiros anos após a medida.

Infelizmente, nem todo mundo saiu ganhando. A indústria da avicultura sofreu com o congelamento dos preços e teve que se readaptar para suprir a nova demanda. Um item alimentício que se popularizou no mesmo período foi o iogurte.

A moeda foi trocada 9 vezes em 50 anos

Como o tópico anterior destacou, desde o descobrimento do país, quando as primeiras moedas e cédulas apareceram, ainda no Brasil Colonial, o sistema monetário sofreu nove mudanças. Para especialistas em finanças, isso não é visto com bons olhos, pois demonstra imprevisibilidade. Para eles, a moeda deve ser um símbolo nacional e um fator de credibilidade.

Do século XVI para cá, as diversas alterações causadas pela inflação também prejudicaram a visibilidade do Brasil no exterior e foram responsáveis pela instabilidade dentro dos lares.

A escolha dos animais para estampar as notas do real

Nas notas que antecederam o real era comum ver estampadas figuras de personalidades nacionais como Mário de Andrade e Anísio Teixeira. Nas cédulas do Plano Real foi realizada até uma consulta pública para decidir quais animais deveriam ser exibidos.

As de R$ 1, R$ 5, R$ 10, R$ 50 e R$ 100 foram definidas pelo Banco Central, já a de R$ 2 e de R$ 20 foram pela população, em 2001. O objetivo era atrair a atenção das pessoas para a diversidade da fauna nacional, bem como a importância de protege-la. Em 2020, o animal escolhido para estampar a cédula de R$ 200 foi o lobo-guará.

O custo de produção de cada moeda

Em geral, a produção de moedas custa mais que seu valor em si. A de cinco centavos, por exemplo, custa R$ 0,11, ou seja, 220% o seu valor. Mas nem sempre é assim. A mais valiosa, isto é, a de R$ 1 custa 29% de seu valor, 0, 29 centavos. No caso das cédulas, é menos perceptível. A de R$ 5, por exemplo, custa 3,6% o valor de sua face, saindo por R$ 0,18.

O papel-moeda não é exatamente papel

Apesar do nome, o papel-moeda não é composto de papel. Pelo menos não o que é utilizado para fabricar o dólar americano. A composição dele é feita de 75% algodão e 25% de linho. Outra curiosidade sobre a moeda americana é que já circularam notas de até 10 mil dólares. Quem barrou a circulação foi o presidente Nixon, para frear as falsificações.

A nota de R$ 50 é a mais falsificada

Em 20 anos, o Banco Central recolheu mais de R$ 500 milhões em dinheiro falso no Brasil. Por ano, isso equivale a 25 milhões de reais. Desses, a mais repetida pelos falsificadores é a de R$ 50. O levantamento feito pelo Bacen, realizado em 2020, apurou que cinco estados concentram mais da metade dessas falsificações, sendo São Paulo o que mais se destaca.

Já conhecia essas curiosidades sobre o dinheiro? Que tal compartilha-las nas redes sociais para mais pessoas ficarem sabendo? 

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