O que o mercado de e-sports e a gamificação podem ensinar a você ou sua empresa?

Os jogos eletrônicos vêm ganhando cada vez mais adeptos nos últimos anos. Saiba como o lazer dos games tem ajudado empresas e profissionais a crescerem

Quem não gosta de um joguinho não é mesmo? Hoje em dia é difícil imaginar alguém que não tenha ao menos jogado algum game na vida. Seja pelo celular, console, computador ou qualquer outro meio, os jogos eletrônicos já conquistaram várias pessoas ao redor do mundo e no Brasil não é diferente. Segundo dados da Newzoo, entidade internacional que é referência no assunto, atualmente nosso país é o 12º maior mercado de jogos eletrônicos do mundo e o maior da América Latina, tendo movimentado aproximadamente 11,8 bilhões de reais em 2021.

Esses números corroboram com outras informações interessantes trazidas em um estudo da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos), realizada em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que revelou que entre 2014 e 2022, o número de empresas desenvolvedoras de jogos no país subiu de 133 para 1.009, representando um aumento de 658%. Além disso, a pesquisa também apontou que em 2020 foram desenvolvidos 509 jogos eletrônicos por essas empresas, tendo empregado um contingente de 12,4 mil funcionários.

Ou seja, deu pra perceber que nosso país é um mercado considerável e que já faz um bom tempo que ele vem apresentando a tendência mundial de crescimento para o setor, não é mesmo? Mas, você tem ideia do porque esse crescimento é importante para além do mercado em si? Como os jogos podem te ensinar a evoluir profissionalmente ou contribuir para o desenvolvimento de seu negócio? Vem com a gente que explicamos tudinho para você!

Gamificação: uma maneira excelente de reinventar as relações de trabalho

Antes de falar sobre a gamificação em si, vale ressaltar um conceito interessante que visa explicar o porquê de nós termos uma propensão tão forte aos jogos: o “Homo Ludens”, em português, Homem Lúdico é um termo criado pelo historiador holandês Johan Huizinga em 1938, que propõe a tese de que os jogos não são fenômenos de menor importância em nossa sociedade, mas sim, algo inerente à nossa espécie e até anterior à própria cultura.

Na visão do autor, elementos que formam os jogos podem ser observados inclusive na própria natureza e entre outras espécies animais, que assim como os humanos, também possuem hábitos que remetem a brincadeiras.

Aliás, para ele, a própria cultura se desenvolve na forma ou sistema de um jogo. Esporte, poesia, dança, filosofia e até a guerra, toda atividade humana possui, em algum grau, um elemento lúdico que a forma. Na questão da guerra, por exemplo, há certos treinamentos militares que utilizam-se de sistemas de jogos para treinar seus soldados. Dessa forma, essa teoria, extremamente difundida e citada em diversas obras e sistemas de ensino e aprendizagem (como a gamificação) ajudaria a explicar o porque somos tão aficcionados por jogos e, consequentemente, a ascensão de mercados como o de e-sports, que contam com eventos e games que atraem milhões de espectadores e jogadores pelo mundo inteiro.

Desse modo, não é de se surpreender que diversas empresas, ao observarem esse cenário, tentem aplicar isso em seu dia a dia de alguma forma. Uma delas, claro, é a tão famosa gamificação. Em poucas palavras, gamificação nada mais é do que uma forma de usar elementos comuns dos jogos em situações que não se restringem apenas ao entretenimento. Utilizando mecânicas e metodologias dos games para outros fins, ela propõe engajar, motivar comportamentos e facilitar o aprendizado de pessoas nos mais variados contextos. No mundo dos negócios, essa estratégia é muito utilizada para desenvolver as aptidões de equipes e profissionais, estimulando o raciocínio, trabalho em equipe e performance profissional.

Para ilustrar isso, nada melhor que citar alguns cases, não é mesmo? A Domino's Pizza, por exemplo, possui um método chamado “Pizza Maker” que nada mais é do que um treinamento especial com simulações para engajar os colaboradores, no qual eles são avaliados e recompensados com base em seus resultados. Assim, à medida em que buscam constantemente melhorar suas pontuações, os funcionários em treinamento adquirem mais aprendizado e capacitação técnica no preparo de pizzas. Como consequência, na hora de trabalharem de verdade, seus desempenhos melhoram, pois produzem as receitas com mais agilidade e rapidez.

Outra iniciativa bem legal foi a proposta pela Siemens, multinacional conhecida especialmente pela produção de energia. A empresa desenvolveu um jogo chamado PlantVille, no qual a ideia é difundir os princípios de fabricação para todos seus stakeholders, desde colaboradores, a clientes ou pessoas que simplesmente se interessaram pelo game. No jogo em questão, o usuário assume o papel de um gerente de fábrica e deve tomar decisões importantes sobre diversos assuntos, como a questão da eficiência energética, gerenciamento de pessoal e investimentos em novas tecnologias. Até o momento, mais de 20.000 pessoas já baixaram e jogaram o game.

Além da gamificação em si, diversas companhias vêem nos jogos a oportunidade de ampliar o seu portfólio e oferecer novos produtos para seus clientes. Esse é o caso do Banco24Horas, que entre seus mais de 90 serviços, possui a opção de compra de giftcards, com uma cartela diversa de empresas de games parceiras, que disponibilizam créditos para gastar nos mais variados jogos e consoles.

Ou seja, deu para ver que independente do método utilizado, seja ele a gamificação ou a simples adição de serviços ou elementos que remetem a jogos, utilizar da popularidade dos games faz com que tanto as empresas, quanto seus colaboradores e até mesmo clientes sejam beneficiados de alguma forma, não é mesmo? Diante disso, que tal tentar aplicar o que aprendeu hoje em seu ambiente de trabalho? Seja você dono de negócios ou um colaborador, propor ideias de gamificação em sua empresa pode ajudar a melhorar a convivência e desempenho de todos os envolvidos criando um belo, com o perdão do trocadilho, “jogo de ganha-ganha”.

E aí? Curtiu aprender um pouco mais sobre como o mercado de e-sports pode ensinar e a gamificação a ajudar você ou seu negócio? Então, não deixe de conferir outros conteúdos imperdíveis do nosso blog clicando aqui. Até a próxima!